Chocolates – Valor nutricional

A análise da amostra de 483 produtos revelou que vários chocolates industrializados contribuem com quantidades significativas de PROTEÍNAS para a alimentação e nutrição dos seus consumidores, apesar de haver grande variação nas quantidades presentes nos diferentes produtos (Obs.: as informações contidas nos rótulos analisados não permitem verificar se as proteínas possuem o perfil de aminoácidos para declaração de alegações nutricionais de proteína). De fato, como mencionado no capítulo sobre tendências, apesar de os chocolates serem produtos tradicionalmente de indulgência e prazer, têm sido lançadas inovações com alegações ao maior teor proteico.

A análise da amostra revelou que vários chocolates podem ser considerados como FONTE de FIBRAS ALIMENTARES para a alimentação e nutrição dos seus consumidores, sendo que alguns possuem ALTO conteúdo de fibras. Da mesma forma, como observado para os produtos com maiores conteúdos de proteínas, a fortificação com fibras, vitaminas, minerais, frutas, sementes etc., é uma forte tendência no sentido de atender aos consumidores que desejam aliar indulgência e nutrição.

De modo geral, os chocolates não são produtos de baixo teor calórico devido a serem compostos por manteiga de cacau, leite, açúcar, entre outros ingredientes característicos desse produto, como amendoim, amêndoas, nozes e castanhas.

Entretanto, as quantidades de calorias variam bastante entre os produtos analisados. Como observado no capítulo sobre tendências de mercado, têm sido desenvolvidos produtos com valores energéticos reduzidos, com reformulação de ingredientes e redução de gorduras, muitas vezes substituídas por fibras e proteínas.

De modo geral, os chocolates industrializados não costumam conter quantidades elevadas de CARBOIDRATOS, mas isso depende dos tipos de ingredientes com os quais são misturados como, por exemplo, biscoitos, waffers, entre vários outros.

De modo geral, os chocolates costumam conter AÇÚCARES TOTAIS em sua elaboração. Entretanto, existem produtos com redução do teor de açúcar e mesmo chocolates “zero açúcar”, resultado da tendência crescente de controle da dieta alimentar, como ressaltado no capítulo sobre tendências. Como a declaração de açúcares totais passou a ser obrigatória recentemente e os rótulos ainda estão em fase de adequação, foram considerados apenas os produtos com essa informação em seus rótulos ou websites.

Em média, os chocolates possuem GORDURAS SATURADAS em sua composição, oriundas principalmente do cacau, porém, as quantidades podem variar de acordo com os ingredientes utilizados.

As quantidades de GORDURAS TRANS dos chocolates variam bastante de acordo com os ingredientes presentes em sua formulação. A grande maioria dos produtos analisados apresenta quantidades não significativas de gorduras trans.

Conforme a amostra analisada, a maioria dos chocolates industrializados não contém GORDURAS TRANS. Por exemplo, entre os 483 produtos da amostra total, apenas 4 apresentaram quantidades superiores a 0,1 g, devido à composição dos recheios e não pelas características naturais do chocolate.

A quantidade de SÓDIO dos chocolates varia bastante entre os diferentes tipos de produtos, existindo diversos produtos com nenhum ou baixos teores de sódio. Por exemplo, entre os tabletes amargos/meio amargos, 40,4% apresentam 0,0 mg e 51,7% têm até 40 mg em cada 50 g.